domingo, 26 de julho de 2009

Malta decide o destino da África do Norte

O calcanhar de Aquiles de Rommel na África do Norte era o reabastecimento. Os homens da Marinha mercante partiam para a África para proverem as tropas de alimentos, roupas, água, armas, munições e combustível. Atrás de cada batalha travada sempre deveria existir um sistema de logística eficiente. O transporte das tropas e suprimentos italianos e alemães era feito por mar. Os navios mercantes deveriam, então, empreender uma jornada de quinhentos quilômetros da Sicília, no sul da Itália, até a Tripolitânia, no norte da África. Mas, para que a guerra do deserto fosse vencida pelo Eixo, o domínio marítimo do Mediterrâneo era um fator prepoderante. Para isso, o Eixo enfrenta um grande problema: a Marinha Real.

Em 22 de julho de 1941,o cargueiro alemão Preussen parte da Itália rumo à África do Norte. No caminho, é afundado por um ataque de Bristol-Blehein (Bombardeio da RAF). Com ele afundam 200 dos 650 soldados e tripulação a bordo. Além de perdas humanas, foram também perdidas mil toneladas de alimentos, seis mil toneladas de munições, mil toneladas de gasolina e 320 tanques e caminhões de transporte, que seriam usados pelas tropas do Eixo. Muitos outros navios como o Arta, o Aegina, o Iserlohn, o Samos, o Larissa, o Birmânia, o Arcturus, o Citá di Bari, dentre outros, tiveram o mesmo destino do Preussen, pois o Mediterâneo tornou-se um cemitério de homens e máquinas que tentavam chegar à África.

A fonte de todos esses desastres era a ilha de Malta, principal ponto de apoio das forças aéreas e navais britânicas no Mediterâneo. Malta foi tomada do domínio francês pelos britânicos em 1800 e, desde então, faz parte da Coroa Britânica, sendo uma base Naval da Marinha Real. Se os italianos fossem os japoneses, a tê-la-iam tomado em junho de 1940, quando as fortificações da ilha ainda eram muito fracas. Porém, quando os britânicos perceberam a importância da ilha, tornaram-na cada vez mais fortificada, e sua tomada pelos italianos cada vez mais improvável. Apesar dos bombadeios alemães e italianos, Malta resistia, e com as pesadas perdas sofridas pelos alemães na tomada da ilha de Creta, Hitler decidiu não mais arriscar suas tropas para tomar Malta. Essa decisão acabou acarretando o afundamento de até 77% dos navios do Eixo que cruzaram o Mediterrâneo. Com as tropas mal supridas, a derrota dos italianos e do Afrika Korps foi inevitável.

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